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Sabias que um material quase invisível está a transformar a forma como pensamos a mobilidade elétrica? O grafeno promete baterias mais rápidas, duráveis e amigas do ambiente.

E tudo porque este material composto por uma única camada de átomos de carbono resultado da separação do grafite, reúne uma série de características que o tornam muito interessante: elevada condutividade elétrica e térmica, leve, flexível e resistente, transparente e impermeável a gases e líquidos, com exceção da água. Ou seja, propriedades que o tornam altamente atraente para a indústria
automóvel e dos transportes mas também para a medicina, eletrónica, construção civil energia ou exploração espacial.

E há números que comprovam estes argumentos: um veículo elétrico com uma bateria de grafeno pode ter autonomia superior a 1.000 km. Quanto ao tempo de carga, resume-se tudo a oito minutos.

Com a aplicação do grafeno podem surgir baterias mais eficientes ou materiais mais leves e resistentes. Assim se percebe porque a descoberta do grafeno fez os seus criadores ganharem o prémio Nobel da Física em 2010.

Principais vantagens do grafeno

Devido às suas características únicas, o grafeno tornou-se altamente cobiçado por várias indústrias e a automóvel não é exceção.

Queres saber porquê?

• Máxima resistência, máxima leveza. Numa comparação com o aço, o grafeno ganha, sendo mais leve e resistente. Por isso é o preferido sempre que é preciso um material forte e leve.
• Alta flexibilidade, que lhe permite ser esticado sem quebrar.
• Elevada condutividade elétrica e térmica, e forte eficiência energética, o que permite reduzir o consumo de energia.
• É um material mais sustentável que o lítio e, por isso, tanto a produção como o descarte destas baterias são mais ecológicos.
• Muito transparente, o que é relevante no caso das células solares.
• Impermeável a quase todos os gases e líquidos, com exceção da água.

E há desvantagens?

Ao reunir uma série de características tão relevantes, o grafeno pode ter a capacidade de revolucionar um setor, como é o caso do automóvel e de acelerar a transição para a mobilidade sustentável.

No entanto, para ser bem sucedido nessa missão, tem de ultrapassar algumas barreiras. Vamos descobri-las.

• Custos de produção elevados, em especial se o objetivo é a produção de grafeno de alta qualidade.
• A sua produção exige condições específicas, sob pena de originar um produto de menor qualidade.
• Impacto ambiental negativo, sempre que não for descartado corretamente. Como a sua decomposição é difícil, pode contaminar alguns ecossistemas.
• A sua integração em dispositivos existentes pode ser difícil.

Impacto do grafeno na mobilidade elétrica

Depois de perceber as vantagens e desvantagens do grafeno, torna-se mais simples perceber o que o torna tão atrativo para a mobilidade elétrica e capaz de revolucionar o setor automóvel.

Mais autonomia para os carros elétricos

Até aqui, a autonomia e a duração do tempo de vida das baterias era um entrave à compra de um carro elétrico para muitos automobilistas. O grafeno vem resolver essa questão, uma vez que melhora a capacidade das baterias e aumenta a sua velocidade de carregamento. Dois argumentos de peso em nome da mobilidade elétrica e da transição energética.

Carros mais leves e mais eficientes

Uma vez que é bastante resistente e leve, o grafeno pode ser usado em várias componentes do automóvel, que assim se torna mais leve mas também mais eficiente.

Melhor distribuição do calor

Já sabes que o grafeno tem uma alta condutividade térmica. Ou seja, o calor é mais facilmente distribuído pelos componentes eletrónicos, o que tem impacto positivo na eficiência e na segurança.

Armazenamento de energia

Esta é a cereja no topo do bolo. O grafeno pode também ser utilizado na construção de dispositivos de armazenamento de energia, e que podem funcionar como um complemento das baterias.

Como o grafeno pode revolucionar a mobilidade elétrica em Portugal?

A transição energética tem sido rápida em Portugal, com muitos condutores a adotarem a mobilidade elétrica e a trocarem os carros com motor a combustão por veículos elétricos.

E, mais uma vez, os números não enganam. De acordo com a UVE – Associação de Veículos Elétricos, em 2024 circulavam nas estradas portuguesas mais de 20.000 carros elétricos. A quota de mercado deste segmento em Portugal mostra o elevado compromisso do país com a transição para energias mais verdes: 1,87%, um valor superior à média europeia, que é de 1,7%.

Se o país já está bem posicionado nesta migração para soluções mais sustentáveis e ecológicas, tudo leva a crer que irá acelerar com a introdução de materiais como o grafeno. Desta forma será mais fácil cumprir o objetivo definido pelo governo português: ter um milhão de carros elétricos nas estradas portuguesas em 2030.

No entanto, é importante não esquecer que esta transição para uma mobilidade mais sustentável resulta do esforço conjunto dos vários operadores deste setor. A PRIO é um bom exemplo disso, já que disponibiliza uma rede extensa de postos de carregamento em todo o país.

Queres saber onde se encontram esses postos? É simples. Basta aceder ao localizador de postos PRIO.

Além disso, a PRIO coloca à disposição dos clientes o cartão PRIO Electric, para quem quer poupar na carteira e o planeta. E para que não lhes falte nada, na loja online PRIO encontram uma série de acessórios para a mobilidade elétrica, desde carregadores a wallboxes até trotinetes elétricas.

Universidade portuguesas reforçam investigação

As universidades do Minho, Porto, Aveiro e Lisboa, bem como o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e outras empresas portuguesas fazem parte do Graphene Flagship. Este consórcio é considerado um dos maiores projetos científicos de sempre da União Europeia e dedica-se à investigação na área do grafeno. Até 2030 deverá criar 81.600 postos de trabalho (cerca de metade será na Europa), e gerar 5,9 mil milhões de euros em valor acrescentado bruto.

Bateria de grafeno vs baterias de lítio: qual a melhor?

Escolher entre uma bateria de grafeno ou uma bateria de lítio depende de vários fatores, desde o uso ao desempenho desejado, passando pelo preço.

As baterias de grafeno são as mais indicadas quando se procura um fornecimento de energia mais rápido e um carregamento mais curto, bem como uma vida útil mais longa. Mas é claro que tudo isto tem um preço e, neste caso, é mais elevado.

Já as baterias de lítio são mais indicadas para motores que precisam de uma fonte de energia constante e estão amplamente disponíveis no mercado. O reverso da medalha é o maior tempo de carga e o menor tempo de vida útil.

No entanto, e por todas estas razões, as baterias de lítio são as mais usadas nos veículos elétricos, embora tudo indique que venham a ser substituídas no futuro.

Como vês, o uso de grafeno em baterias para veículos elétricos promete revolucionar o setor, oferecendo maior autonomia, carregamento rápido e uma solução mais sustentável. No entanto, a adoção em larga escala ainda depende de avanços na produção e redução de custos.



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