Are you in ?

Visit our online store design especially for your country

go to website
Stay on this website
A mobilidade 100% sustentável tarda e muitas cidades viram-se forçadas a adotar medidas mais drásticas para reduzir a poluição nos seus centros urbanos. Foi assim que nasceram as Zonas de Emissões Reduzidas (ZER), onde os veículos que não respeitam determinados limites mínimos de emissão de gases poluentes estão proibidos de circular ou limitados a certos horários. Regra geral, os veículos mais poluentes são os mais antigos.

Em Portugal, Lisboa foi a primeira - e única, para já - cidade a implementar a sua ZER. Uma tendência radicalmente oposta à realidade de dezenas de cidades europeias e de muitas outras à volta do mundo, de Seul ao Rio de Janeiro, passando por Bogotá ou Jacarta. Pensas que esta é uma tendência recente? Nada disso. A primeira ZER surgiu no final do século XX, na Suécia.

Acabar ou limitar a circulação automóvel em zonas das cidades para reduzir a poluição é caso para dizer ‘para grandes males, grandes remédios’, como afirma a sabedoria popular.

Mas será que a criação de Zonas de Emissões Reduzidas é mesmo eficaz e tem impacto positivo na redução da poluição nos centros urbanos e na melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes?

O Que São e Como Funcionam as Zonas de Emissões Reduzidas?

Se o objetivo de uma Zona de Emissões Reduzidas é melhorar a qualidade do ar dos centros urbanos, há várias formas para o implementar: acesso proibido e pagamento de coimas em caso de desobediência, ou então pagamento de taxas no caso dos veículos mais poluentes. Pelo contrário, há cidades onde os veículos elétricos ou híbridos têm livre-trânsito.

Ao mesmo tempo que estas cidades limitam o acesso aos veículos poluentes, incentivam a adoção de uma mobilidade mais sustentável, colocando bicicletas e trotinetes elétricas à disposição de quem por elas circula.

As ZER e a redução da pegada de carbono

Sendo já uma realidade em muitas cidades, o impacto positivo das ZER é visível em diferentes níveis.

Desde logo, há uma melhoria da qualidade do ar, uma vez que a circulação está interdita aos veículos mais poluentes. Isto traduz-se em menos dióxido de azoto, menos dióxido de carbono e menos partículas finas na atmosfera.

Outra consequência imediata é a redução das doenças respiratórias e cardiovasculares, e melhoria do estado geral de saúde da população. De acordo com a Agência Europeia do Ambiente, as mortes prematuras devido à poluição atmosférica estão a diminuir na União Europeia, mas continuam a ser necessárias medidas mais ambiciosas para cumprir os objetivos da Organização Mundial de Saúde.

Segundo a mesma fonte, em 2020 morreram 238.000 pessoas devido à exposição a partículas finas, e em 2019 levou a 175.702 anos de vida com incapacidade devido a doença pulmonar obstrutiva crónica em 30 países da União Europeia.

Impossibilitados de se deslocarem nas suas próprias viaturas a combustão, os cidadãos acabam por se ‘render’ ao uso de transportes sustentáveis.

As Zonas de Emissões Reduzidas de Lisboa

A capital portuguesa foi a primeira a adotar uma ZER – a Zona 1 -, em 2011, no eixo avenida da Liberdade – Baixa pombalina, a zona da cidade onde os níveis de poluição do ar eram mais preocupantes. Por essa razão, os automóveis anteriores a 1996 estão impedidos de aí circular. Seguiu-se a criação de uma Zona 2, que delimita um anel à volta da cidade e que não deve ser transposto por veículos com matrículas anteriores a 2000.

Em 2021 a autarquia apresentou o seu Plano de Ação Climática, a implementar até 2030. A boa notícia é que a expansão das zonas de baixas emissões será acompanhada por um conjunto de novas infraestruturas, capazes de alavancar a mobilidade sustentável, como é o caso das ciclovias ou aumento do número de pontos de carregamento de veículos elétricos.

No entanto, de acordo com a associação ambientalista ZERO, a ZER lisboeta não está a cumprir a 100% os seus objetivos, em especial quando comparado com cidades como Bruxelas ou Paris, onde a poluição caiu até 33% e 24%, respetivamente.

O número de ZER por país também é radicalmente diferente: em Portugal apenas há uma ZER em Lisboa; em 15 países europeus são mais de 300, prevendo-se que sejam mais de 500 no próximo ano.

O que muda na rotina dos condutores

O objetivo das ZER é meritório, mas, na realidade, nem todos os condutores as veem com bons olhos. É o caso de todos aqueles que estão proibidos de circular nas ZER mas também daqueles que têm de reduzir a velocidade, sob pena de serem severamente multados. Mas, a verdade é que daqui resultam várias vantagens que impactam positivamente a vida de todos:

• melhoria da qualidade do ar;
• trânsito mais fluído, mesmo em horas de maior intensidade de tráfego;
• aumento da segurança rodoviária;
• maior eficiência energética;
• aumento da mobilidade sustentável, com o uso de bicicletas ou trotinetes elétricas, maior uso de transportes públicos ou de deslocações a pé;
• para quem está autorizado a circular nas ZER, torna-se mais fácil estacionar uma vez que há menos veículos na cidade; os outros carros têm de ficar em ‘bolsas de estacionamento’ no exterior das ZER;
• aceleração da transição energética, com muitos condutores a trocarem os automóveis com motor a combustão por elétricos e consequente aumento do número de pontos de carregamento.

Desafios para condutores e veículos convencionais

Mesmo com a identificação das várias vantagens, há muitas pessoas que continuam a duvidar da importância das ZER. E, por isso, preferem não cumprir as regras, acabando por circular nessas zonas com veículos bem mais poluentes do que o permitido.

Como tal, é importante que haja mais sensibilização da população para a questão da poluição urbana, bem como apoios à aquisição de carros elétricos ou de outros equipamentos que permitam às pessoas circular livremente pelas cidades.

Para incentivar a troca das deslocações em carro próprio pelo uso de transportes públicos, é desejável que estes tenham uma rede bem desenvolvida, e que sejam capazes de prestar um bom serviço aos cidadãos, para que estes sintam que ficam a ganhar com a troca.

Desta forma, a transição para uma mobilidade mais verde é feita de uma forma mais positiva e suave.

Vantagens socioeconómicas das ZER

Além do impacto direto no ambiente, as ZER acabam por trazer também algumas vantagens sociais e económicas às zonas onde estão implantadas.

Além da inegável melhoria da qualidade de vida e da saúde pública, os estilos de vida tornam-se mais sustentáveis: os veículos a combustão são trocados por equipamentos elétricos (carros, bicicletas ou trotinetas), a rede de transportes pública melhora para responder às novas necessidades da população, e há um maior investimento em ciclovias, por exemplo. Todos estes fatores são também dinamizadores do turismo, já que são altamente valorizados por todos aqueles que procuram destinos mais sustentáveis.

Uma cidade mais verde é também uma cidade que faz crescer determinados negócios como a venda de carros ou outros equipamentos elétricos e, consequentemente, leva à geração de emprego.

Por outro lado, esta transição verde nem sempre é bem vista com bons olhos por todos. É o caso dos habitantes ou de pequenos empresários que, de repente, se veem forçados a adotar outras soluções para se deslocar, e não terem capacidade financeira para o fazerem.

4 dicas para quem tem de conviver com as ZER

A implementação de uma ZER numa cidade pode ser muito desafiante para muitos dos seus habitantes ou para aqueles que por lá passam com frequência. Em especial se o veículo em que se deslocam estiver na ‘lista’ dos proibidos ou se o trânsito for proibido a todos os carros.

Mas não te podes esquecer que esta ZER nasceu por uma boa causa e basta mudares alguns hábitos para que consigas conviver com a nova realidade da tua cidade. Por isso, trazemos 4 dicas!

1. Conhece os limites, o que podes e não podes fazer, porque nem todas as ZER têm as mesmas regras e há sempre várias exceções.
2. Antes de sair, planeia a rota que vais fazer. No dia a dia, já sabes com que linhas te coses, mas este planeamento é fundamental em viagem e pode evitar-te algumas surpresas menos agradáveis.
3. Explora soluções como o carpooling e usa e abusa dos transportes públicos.
4. Equaciona a possibilidade de migrar para uma solução de transporte mais sustentável. Se tens mesmo de circular por uma ZER com frequência, talvez valha a pena aproveitar os incentivos do Estado à compra de automóveis ou outros meios de transporte mais sustentáveis.

Na loja online PRIO encontras quase tudo o que precisas para a tua mobilidade sustentável, dos acessórios e cabos aos carregadores, passando pelas bicicletas e trotinetes elétricas. A melhor parte? Podes fazer estas encomendas à distância, com todo o conforto e alguns cliques no rato. E com um preço muito competitivo.

Pronto para uma cidade mais verde?

Se a tua cidade está a fazer este caminho, esforça-te por ver o copo meio cheio. Assim vais viver numa cidade com melhor qualidade de ar, com menos poluição, com uma série de infraestruturas que tornam as tuas deslocações mais verdes e económicas, e até tornam mais divertidos os teus tempos livres.

Já agora, aproveita e faz também a tua transição energética. Deixa o teu carro a combustão em casa e desloca-te de transportes públicos, em bicicletas elétricas ou explora o carsharing. Ou aproveita para investidores numa mobilidade mais sustentável e compra um carro elétrico.

Como vês, as zonas de emissões reduzidas podem ser um excelente pretexto para uma série de mudanças importantes na tua vida e na do planeta.



Vê também:
   Sabias que a neutralidade carbónica pode ajudar-te a poupar?
   Combustíveis do futuro: vamos falar sobre soluções sustentáveis?
   O que são as Normas Euro e que impacto podem ter no teu carro?