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O setor dos transportes é reconhecido como uma das principais fontes de emissão de gases com efeito de estufa (GEE) e é exatamente por isso que o papel dos biocombustíveis é tão importante para uma transição verde bem-sucedida.

Dado que estas alternativas aos combustíveis fósseis são apontadas como uma solução a curto prazo no que diz respeito à emissão de GEE nos transportes, o bioetanol é o principal combustível renovável que pode substituir a gasolina em motores de combustão interna.

À medida que avançamos em direção a um futuro mais ecológico, é fundamental percebermos qual o potencial deste tipo de biocombustíveis. Estes fazem parte de uma estratégia abrangente para mitigar as mudanças climáticas, em prol da mobilidade sustentável e neutra em carbono.

O que é o bioetanol?

Como te explicamos anteriormente, o bioetanol é apontado como o principal substituto da gasolina, visto que as suas propriedades energéticas são semelhantes ao combustível derivado do petróleo. Ainda assim, existem várias diferenças entre estas duas soluções em termos de composição e impacte ambiental.

Ao contrário da gasolina, que não é renovável e contribui significativamente para as emissões de GEE, o bioetanol é produzido através da fermentação de açúcares presentes em matérias vegetais. Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, as mais utilizadas são o milho e a cana-de-açúcar.

Tanto o bioetanol como o biodiesel são produzidos a partir de biomassa. A transição para estes biocombustíveis avançados, que nascem a partir de fontes de energia renovável, está alinhada com os princípios da sustentabilidade e da economia circular, oferecendo benefícios ambientais, económicos e sociais significativos.

Segundo a Associação Portuguesa de Produtores de Bioenergia, o bioetanol é o biocombustível mais usado como agente de mistura com a gasolina, sendo os Estados Unidos da América (EUA) o maior produtor, seguido pelo Brasil. Em conjunto, foram os responsáveis pela produção global de cerca de 84% de bioetanol, em 2019.

Qual é a diferença entre etanol e bioetanol?


A principal diferença entre o etanol e o bioetanol é o seu processo de extração.

O etanol, amplamente conhecido como um tipo de álcool etílico, é um composto químico, que pode ser produzido tanto a partir de fontes renováveis ou não renováveis. Geralmente, este aditivo para gasolina é produzido a partir de petróleo, gás natural ou carvão, em processos industriais que envolvem a fermentação de açúcares, ou a reação petroquímica de hidratação de etileno.

Já o bioetanol, também designado por etanol de segunda geração, é apenas produzido a partir da biomassa renovável, através da fermentação controlada e da destilação de resíduos vegetais. A partir destes processos, obtemos um combustível altamente energético, passível de ser usado em motores de combustão a gasolina.

Comparativamente ao etanol, o bioetanol revela-se uma opção mais sustentável e ecologicamente correta para a produção de biocombustíveis.

Quais as vantagens do bioetanol?

Quando comparado com o etanol ou com a gasolina, o bioetanol emerge como alternativa mais vantajosa, uma vez que:

• Reduz o valor de mercado do etanol: a eficiência do bioetanol na conversão de matéria-prima vegetal em combustível resulta em custos de produção mais baixos por unidade de energia produzida, o que por sua vez reduz o seu valor de mercado em comparação com o etanol. Desta forma, além de oferecer uma fonte energética mais sustentável, o bioetanol também apresenta vantagens económicas significativas, ao tornar a produção de biocombustíveis mais eficaz e acessível;

• Diminui o impacte ambiental: em comparação com a gasolina, o bioetanol apresenta uma produção mais eficiente, visto que a sua composição é baseada em matérias vegetais renováveis, como plantas, com um ciclo de produção relativamente curto e renovável. Além disso, durante o processo de crescimento, estas culturas absorvem dióxido de carbono da atmosfera, através da fotossíntese, contribuindo para a redução das emissões de GEE, ao contrário da gasolina.

Quais as desvantagens do bioetanol?


Apesar de ser uma energia renovável e uma alternativa aos combustíveis fósseis, o bioetanol não está isento de críticas e desafios. Ao considerarmos o seu papel para uma transição energética mais sustentável, é importante estarmos atentos a algumas desvantagens, como:

• Utilização intensiva dos recursos naturais: o processo de produção das culturas usadas no bioetanol pode exigir grandes quantidades de água, fertilizantes e pesticidas. Isto pode contribuir para a degradação dos recursos naturais, assim como para a poluição do solo ou da água;

• Emissões indiretas de GEE: embora o bioetanol reduza as emissões de gases de efeito estufa no processo de combustão, a produção, em grande escala, pode levar a emissões indiretas de GEE, graças à utilização intensiva de fertilizantes, que libertam gases poluentes como o óxido de nitroso;

• Impacto negativo no custo de certos alimentos: quando falamos do bioetanol de primeira geração, produzido através da fermentação alcoólica de amidos e açúcares de certos alimentos (cana-de-açúcar, milho, beterraba, etc.), este impacto negativo pode acontecer, especialmente em regiões onde estes fazem parte da dieta básica. No entanto, para evitar as oscilações de preços, têm sido estudadas novas fórmulas de produção. O bioetanol de segunda ou de terceira geração colmata alguns destes desafios, uma vez que é obtido através da degradação natural de material lenhoso (algas, resíduos agrícolas e bioculturas específicas).

Bioetanol: quais os principais mitos associados?

Por se apresentar como uma alternativa emergente aos combustíveis fósseis, o bioetanol está frequentemente no centro de debates sobre a sua eficácia, impacte ambiental ou viabilidade económica. No entanto, muitas destas discussões são influenciadas por mitos e equívocos, que podem afetar a forma como olhamos para esta fonte de energia renovável. Partilhamos as dúvidas mais comuns, para tirares as tuas conclusões.

A gasolina é mais potente do que o bioetanol?

Em termos de potência pura, a gasolina é geralmente considerada mais potente do que o bioetanol. Este facto deve-se principalmente à sua maior densidade energética. Ou seja, a gasolina contém mais energia por volume do que o bioetanol, o que significa que pode gerar mais potência, quando queimada num motor a combustão interna.

No entanto, é importante realçar que esta diferença não é necessariamente significativa, na prática. Os motores podem ser ajustados para operarem com diferentes tipos de combustíveis, incluindo o bioetanol. Além disso, este biocombustível geralmente possui um índice de octanagem mais alto do que o da gasolina, o que o torna menos propenso a explodir sob alta pressão. Isto permite que os motores funcionem com taxas de compressão mais altas, originando uma combustão mais eficiente e melhorando o desempenho do motor.

Tenho que adaptar o meu carro para usar bioetanol?

Geralmente, os veículos flex-fuel já estão preparados para usar bioetanol sem precisarem de adaptações extra, funcionando com várias percentagens de misturas de etanol e gasolina.

Caso o carro não esteja preparado para esta finalidade, podem ser necessárias algumas adaptações para otimizar a mistura entre ar-combustível. Em todo o caso, basta consultar o manual do fabricante e verificar se há compatibilidade.

Produção de biocombustíveis? É com a PRIO

Hoje em dia, já existem metas para a incorporação de uma maior percentagem de biocombustíveis nos combustíveis fósseis, principalmente para reduzir as emissões de GEE para a atmosfera. Traduzindo isto de forma simples, falamos de biodiesel no gasóleo e bioetanol na gasolina.

Para todos os Estados-Membros da União Europeia, foi fixada, em 2020, a incorporação obrigatória de 10% de energia renovável nos transportes terrestres. Segundo o Decreto-Lei n.º 8/2021, publicado em Diário da República, a adição desta percentagem nos combustíveis para consumo, em território nacional, também foi atualizada.

Por acreditar nas suas mais-valias, a PRIO assume-se como a maior produtora de biocombustíveis em Portugal e uma das maiores fabricantes de biodiesel, a partir de matérias-primas residuais.

Conquistamos, inclusive, um triplo reconhecimento com o ECO Diesel, uma solução que conta com 15% de energia renovável na sua composição. Esta, além de reduzir as emissões de GEE até 18%, diminui o consumo de combustível até 5% e ajuda a eliminar as impurezas acumuladas no motor do teu carro.

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O futuro dos biocombustíveis

Segundo informações do Portal Energia, os biocombustíveis de primeira geração, como é o caso do biodiesel e do bioetanol, têm o poder de abastecer o mercado. Agora, é necessário que a legislação e a infraestrutura de distribuição sejam adequadamente adaptadas e aprimoradas, para facilitar a sua integração e utilização generalizada.

A Associação Europeia de Bioenergia (AEBIOM) refere uma medida interessante: a adaptação de motores que suportem o uso de bioetanol a 85%, e mesmo biodiesel a 100%, permitiria atingir a incorporação de 25% de biocombustíveis no setor dos transportes, nas próximas décadas.

Enquanto esta realidade não se concretiza, permaneceremos atentos à questão da energia sustentável e renovável. Isto faz parte da nossa missão e queremos partilhá-la contigo, através do fornecimento de combustíveis de qualidade, que promovam uma transição verde acessível a todos.


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