Are you in ?

Visit our online store design especially for your country

go to website
Stay on this website
As células de combustível são consideradas por muitos uma energia do futuro, mas têm um largo espectro de utilização no presente, desde os veículos elétricos e híbridos até à indústria, passando pela tua casa, pelo teu telemóvel ou pelo teu computador portátil. Se, hoje, se destacam na produção de energia, a verdade é que já foram descobertas no século XIX.

Apesar do nome quase remeter para um cenário futurista, a explicação do que são estas células de combustível é bastante simples: tratam-se de dispositivos que convertem energia química diretamente em eletricidade, sem precisarem de combustão. Estas operam mediante processos de reação-oxidação entre um combustível e um oxidante, normalmente o hidrogénio e o oxigénio, respetivamente.

No fundo, funcionam como um gerador de corrente elétrica, capaz de colocar em funcionamento uma multiplicidade de dispositivos.

Células de combustível: como funcionam?

Neste processo químico, o hidrogénio funciona como combustível e o oxigénio funciona como agente oxidante. Todas as células de combustível são compostas por dois elétrodos — o ânodo (negativo) e o cátodo (positivo) —, um eletrólito (que conduz os iões) e um catalisador. Ou seja, a conversão de energia é muito semelhante à das pilhas, com a grande diferença de não se esgotar, desde que o fornecimento de hidrogénio se mantenha constante.

E onde obtemos o hidrogénio utilizado nas células de combustível? Simples: pode ser obtido através da eletrólise da água, do gás natural ou do gás propano, do metanol ou de outros derivados do petróleo. Uma vez que a água é o produto desta reação, as células de combustível não produzem poluentes, o que as destaca como uma das fontes de energia mais promissoras do futuro.

De olhos postos no futuro

O elevado potencial desta fonte de energia limpa fez disparar a procura por todo o globo. Por isso, tanto governos como empresas têm investido no desenvolvimento de hidrogénio.

De acordo com um estudo da Deloitte, em 2030 o mercado mundial de hidrogénio deverá valer cerca de 590 mil milhões de euros, valor que se estima que duplique em 2050.

Em Portugal, o Governo estabeleceu metas ambiciosas para a introdução gradual do hidrogénio em diversos setores até 2030, como parte essencial da estratégia para a transição para uma economia descarbonizada.

Células de combustível: aplicações

As células de combustível, também conhecidas como células de hidrogénio ou células de combustível de hidrogénio, podem ter várias aplicações e são cada vez mais usadas em diferentes setores de atividade, como:

Nos transportes

Os veículos elétricos a hidrogénio oferecem uma eficiência superior e um menor consumo de energia, quando comparados com os motores a combustão interna. Independentemente do tamanho do veículo (ligeiro, pesado ou até um navio), se este for alimentado por células de hidrogénio, só usará 40% a 60% da energia do combustível, reduzindo os consumos para metade.

Na produção de energia

Qualquer setor industrial que use células de combustível para produzir energia, consegue até 60% mais de eficiência. Ou seja, quase o dobro do atingido pelas indústrias que usam motores a combustão para o mesmo efeito, cuja capacidade se situa entre os 33% a 35%.

Nos negócios

Muitas empresas já usam as células de hidrogénio para aplicações tão distintas como a alimentação de centros de processamento de dados, escritórios ou superfícies comerciais. Esta tecnologia oferece uma solução eficaz para a geração descentralizada de energia, permitindo que estas instalações operem de forma autónoma e com baixas emissões de carbono.

Vantagens das células de combustível de hidrogénio

A eficiência é uma das principais razões pelas quais as células de hidrogénio são consideradas uma solução para a produção de energia elétrica no futuro. Além disso, conseguem gerar energia limpa por não haver combustão.

Por estes dois motivos, as células de combustível apresentam-se como uma séria alternativa aos combustíveis fósseis, os quais são menos eficientes e mais poluentes devido às elevadas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) para a atmosfera.

Se mais eficiência e menos poluição são dois pesos pesados no atual contexto da transição energética, há outras vantagens que podemos destacar quando falamos da utilização das células de combustível:

• Reduzem os custos de distribuição, se a central de produção de energia for colocada junto do local de abastecimento. Desta forma, são também minimizadas as perdas energéticas;
• Conseguem gerar eletricidade e calor, uma vez que produzem vapor de água;
• São mais confiáveis do que os motores a combustão, por não possuírem partes móveis;
• São menos poluentes, porque não emitem gases para a atmosfera, produzem muito menos dióxido de carbono e consomem menos água.

Tipos de células de combustível

Existem vários tipos de células de combustível. Estes são classificados em função da temperatura de funcionamento.

Se funcionarem com temperaturas inferiores a 250 °C, podem ser células de combustível:

• Alcalinas;
• De ácido fosfórico;
• De membrana de troca de protões.

Se funcionarem com temperaturas superiores a 600 °C, podem ser células de combustível:

• De carbonatos fundidos;
• De óxidos sólidos.

Desvantagens das células de combustível de hidrogénio

Existem muitas vantagens associadas a esta forma de conversão de energia. No entanto, o custo de produção das células de combustível de hidrogénio é o seu “calcanhar de Aquiles”. Só será viável avançar para uma adoção em larga escala, quando superarmos a barreira económica.

Uma das razões para este encarecimento é a necessidade de usar materiais nobres, como a platina, no processo de produção. Por outro lado, o próprio hidrogénio é também mais caro do que os combustíveis convencionais, além dos custos associados ao seu transporte e distribuição.

Como funciona um carro movido a células de combustível?

Deves estar a pensar como funcionam os carros a hidrogénio, ou os autocarros que circulam por algumas cidades portuguesas alimentados por células de combustível.

Também conhecidos como “fuel cell centric vehicles”, os carros a hidrogénio fazem parte da família dos elétricos. No entanto, e ao contrário da generalidade dos carros desta categoria, a eletricidade é produzida no seu interior.

Todo o processo de conversão de energia pode ser resumido em três passos:

  1. O oxigénio é captado da atmosfera por uma entrada de ar e levado até à célula de combustível;
  2. É aí que se dá a reação química entre o hidrogénio e o oxigénio, sendo produzida a energia que alimentará o motor elétrico e carregará a bateria do veículo;
  3. No interior da célula de combustível é produzido vapor de água, que posteriormente é libertado para a atmosfera.


Carros a hidrogénio: será a próxima tendência automóvel?


Em Portugal, os veículos a hidrogénio ainda estão a dar os primeiros passos e são poucas as marcas que os comercializam. No entanto, estas opções já são uma realidade nos mercados asiáticos. Por isso, se quiseres, podes ir conhecendo a oferta de algumas marcas de automóveis que estão a apostar em combustíveis alternativos.


É importante destacar que a adoção generalizada de carros a hidrogénio não está apenas dependente do desenvolvimento de veículos acessíveis e eficientes, mas também da criação de uma infraestrutura robusta de abastecimento de hidrogénio. Estes veículos poderão ser uma tendência num futuro próximo, mas, por agora, este cenário continua em crescendo.


O que podes fazer enquanto não abraças esta realidade


Se a tua maior preocupação é reduzir a pegada de carbono, sabe que podes fazer muito pelo ambiente se adotares novos comportamentos e fizeres as escolhas certas. Isto é válido tanto para o teu negócio, como para a tua vida privada.


Por exemplo, quando abasteceres o teu carro, opta por combustíveis sustentáveis. Na PRIO, encontras o ECO Diesel ou o ZERO Diesel, duas soluções mais ecológicas, que incorporam fontes de energia renovável na sua composição. Estes dois produtos representam apenas uma fração do nosso amplo compromisso com a sustentabilidade.


O investimento em postos de carregamento elétricos alimentados a energia solar, bem como o desenvolvimento de combustíveis mais limpos e acessíveis para o transporte rodoviário e até marítimo, onde se destaca o ECO Bunkers, são outros dos nossos esforços para liderar a transição para uma economia mais sustentável e com menores emissões de carbono.


Por isso, enquanto os carros que produzem eletricidade a partir de uma célula de combustível não são frequentes nas estradas portuguesas, escolhe os combustíveis certos e estarás a fazer mais pelo ambiente.



Lê também:


     • Transição verde: conhece os principais factos e mitos associados

     • Já ouviste falar de biocombustíveis avançados?

     • Ecoansiedade: sabes do que se trata e como combatê-la?