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Histórias que fazem a história da PRIO: Cristina Rodrigues

Quem já passou pelo posto da PRIO do Parque Verde, em Coimbra, provavelmente já foi atendido pela Cristina Rodrigues. O que poucos sabem é que a Operadora não é apenas uma das estrelas da equipa da PRIO, mas que é também uma das estrelas do mundo do futebol feminino em Portugal.


Cristina – ou Cris, como é conhecida nos relvados de Norte a Sul do País – trabalha no posto da Avenida da Lousã há já 4 anos. Quando não está a distribuir sorrisos e a ajudar os clientes da PRIO dedica-se a distribuir a bola e a fazer assistências para as suas colegas do Condeixa ou da Seleção Nacional.


Aos 36 anos, Cris conta já com mais de 20 anos da sua vida ligada ao futebol. Natural de Oeiras e residente em Almada, deu os primeiros passos no mundo do futebol com apenas 13 anos. Primeiro no futsal, ao serviço do Monte da Caparica, e depois no futebol de 11. É no meio campo que se sente melhor e foi nessa posição que representou vários clubes ao longo dos últimos anos: o Beira Mar de Almada, o Cadima – onde jogou sete épocas, foi vicecampeã e chegou 3 vezes às meias finais da Taça de Portugal – a União Recreativa Ferreirense.


Ao longo da já longa carreira, Cris teve ainda oportunidade de vestir a camisola da quinas, contando com várias internacionalizações. Atualmente é uma das estrelas do Condeixa, onde procura ajudar o clube a alcançar o mais alto escalão do futebol feminino.

Trabalhas na PRIO e jogas futebol profissionalmente. Como geres as duas carreiras?
Conciliar as duas é, sem dúvida, um grande desafio. Trabalhando por turnos fica complicado conseguir ser presença assídua em treinos e jogos contudo a boa vontade e camaradagem da minha equipa de trabalho tem sido uma mais-valia. Tenho um enorme gosto em vestir a camisola da PRIO porque sempre deram importância ao facto de eu jogar futebol. É algo que me faz ser mais feliz.


O que trazes para a PRIO do que aprendeste no futebol?
Tal como no futebol, na PRIO também é preciso trabalhar em equipa, haver camaradagem e união. São aspectos fundamentais no futebol, mas também na vida e no trabalho.


Lembras-te do que querias ser quando eras criança?
Lembro me de dizer sempre que queria ser arqueóloga. Isto porque no meu tempo era impensável uma mulher viver do futebol. Nos dias de hoje é já uma realidade cada vez mais presente.


O futebol já fazia parte do teu quotidiano?
Os recreios eram passados a jogar futebol, sempre com a bola presente, era e sempre foi a minha melhor amiga.


Como é ser mulher num Mundo de Homens?
Cada vez menos é um mundo só de homens. O futebol feminino a nível mundial e particularmente em Portugal evoluiu imenso estes últimos 10 anos. Já não existe tanto preconceito nem frases como se ouviam antes do género “estás bem é em casa a lavar a loiça”. Quem vai ver um jogo de futebol feminino, quem está dentro da realidade sabe que as mulheres são tão boas tecnicamente como os homens, algumas até bem melhores.


O que te motiva?
O que mais me motiva é sem dúvida a paixão que tenho pelo futebol. Todo o ritual, desde calçar as chuteiras, o festejar um golo, a amizade que criamos com muitas colegas, e o descarregar de todo um stress acumulado durante o dia em que só mesmo dentro de campo me faz não pensar nos problemas.


Onde vais buscar energia para gerir estas duas carreiras?
Digamos que há dias que não é fácil arranjar energia para, depois de um dia de trabalho, ainda treinar entre as 20h e as 23h. Especialmente se o dia seguinte é dia de trabalho e às 6h já temos de estar a pé. Também é duro quando se perde um dia de folga inteiro por um jogo porque a deslocação é distante. Mas lá está, quem corre por gosto não cansa e a energia provêm da paixão pelo futebol.


O que sentes quando representas a selecção nacional?
Bem, isso é algo que mexe e muito com as emoções. Eu levo o futebol muito a sério, e quando recebi a chamada da convocatória nem queria acreditar. Ali estão as melhores das melhores. Ouvir o hino antes do jogo arrepiou-me, é algo que nunca esquecerei e que só quem passa por lá consegue sentir.


Quem são os teus ídolos no futebol?
Sempre adorei o Simão Sabrosa e o Pablo Aimar, jogadores que vestiram a camisola do clube do meu coração, o Benfica. Claro que é impossível não ver o Cristiano Ronaldo como uma referência. No mundo do futebol feminino, sem dúvida que admiro muito a Alex Morgan, a Tobin heat e, em Portugal, a Dolores Silva - que neste momento representa a equipa do atlético Madrid.