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Dicas
Tudo o que precisa de saber antes de comprar o seu primeiro carro
O nosso primeiro carro é como um primeiro amor: é difícil de gerir, deixa marcas para sempre e ocupa sempre um lugar especial no nosso coração. Como são muitas as dúvidas que nos afligem na altura de comprar o nosso primeiro carro – seja novo ou usado – queremos simplificar tudo para o ajudar a tomar as decisões mais acertadas e que permitam fazer do primeiro amor um grande amor.

Vamos ajudar a perceber que tipo de carro deve escolher, que combustível se adapta melhor às suas necessidades, que impostos tem de pagar ou quando é que tem que fazer revisões e inspeções. O nosso objetivo é que, quando acabar de ler este texto esteja mais informado sobre isto do que um vendedor de automóveis com mais de 20 anos de experiência.

1. Tipo de carro
Quando inicia a procura pelo seu primeiro carro é importante destacar alguns fatores que irão ser decisivos na escolha final. Em primeiro lugar deve fazer uma lista com os vários modelos e tipos de carro que mais gosta. Olhando para essa lista, deve cruzar os seus interesses com as suas necessidades em termos de tamanho da mala, consumo, capacidade, número de portas e, claro, o seu orçamento.

Neste processo, estas são as perguntas a que deve tentar responder:
  • Que o tipo de carro – Citadinho, Utilitário, Pequeno, Familiar, Monovolume, Jipe, Desportivo, Descapotável – procura?
  • Quais são as marcas e modelos que mais lhe enchem as medidas?
  • Precisa de um carro grande ou mais pequeno? Irá transportar pessoas nos lugares traseiros com alguma frequência?
  • Precisa de uma mala espaçosa?
  • Quantos quilómetros faz, em média, por mês?
  • Conduz mais dentro da cidade ou em auto-estradas?
  • Os consumos têm importância para si?
  • A potência do motor é importante?
  • Procura um carro novo ou usado?



Depois de responder a todas estas questões, verá que a tarefa de encontrar um carro estará bem mais ao seu alcance do que pensava. No entanto, caso a sua escolha recaia sobre um carro usado, é necessário ter bastante atenção, especialmente no que diz respeito à quilometragem, ao ano de registo e aos consumos médios. Também deve verificar se o automóvel se encontra nas melhores condições para que depois não gaste constantemente dinheiro em arranjos e melhorias, traduzindo-se num prejuízo.

2. Combustível
No que diz respeito ao tipo de combustível, é necessário que coloque todas as suas necessidades em cima da mesa para que opte pela opção mais económica. Os veículos a gasolina têm um custo de aquisição e manutenção inferiores, face aos veículos a gasóleo. Em contrapartida, para a mesma performance e potência, os consumos são superiores aos das viaturas a gasóleo e o litro de gasolina custa, em média, cerca de 25 cêntimos a mais do que o litro de gasóleo.

À primeira vista, com os consumos e um preço por litro inferiores, as versões a gasóleo acabam por ser as mais vantajosas para os automobilistas. No entanto, é importante que tenha atenção às mais recentes normas anti-poluição que restringem muito mais o gasóleo, não só nos preços de aquisição, como também na fiscalidade – cuja tendência é de se tornar cada vez mais restritiva e penalizadora para esses tipos de motor.

Caso faça muitos quilómetros em autoestrada ou para fora da cidade, a opção mais viável será optar pelo gasóleo. Por seu turno, a gasolina, apesar de ser mais cara do que o gasóleo, acaba por ser mais favorável caso faça poucos quilómetros e ande, sobretudo, dentro da cidade.

Por outro lado, os fabricantes de automóveis já se encontram cientes da fiscalização dos automóveis a gasóleo pelo que, a maioria, já apresenta várias opções de híbridos e elétricos. Na compra de um carro híbrido, sabemos que consegue reduzir os consumos do seu automóvel, independentemente do tipo de combustível – gasolina ou gasóleo – que está a ser consumido elo motor de combustão interna. Importa referir que este ganho será maior num híbrido convencional, podendo atingir, nos primeiros 100 quilómetros, médias de 1,5 litros para depois reduzir para metade do consumo.

Também é possível ter o mesmo tipo de dinamismo e uma autonomia interessante num automóvel elétrico alimentado por baterias. Os carros elétricos estão isentos do pagamento do Imposto sobre Veículos (ISV) no momento de aquisição e, até ao momento, também se encontram isentos do Imposto de Circulação, pago anualmente.

Além do hidrogénio e respetivas células de combustível, há ainda o gás natural, que não coloca problemas ao nível da rede de distribuição e oferece vantagens evidentes relativamente às emissões – como os veículos elétricos e híbridos.
Saiba que nos postos PRIO pode sempre atestar o seu novo carro aos melhores preços do mercado, já que todos os dias há descontos que chegam até aos dez cêntimos por litro.

3. Registo automóvel
Uma das coisas mais importantes após a aquisição do automóvel é o registo. Afinal, ninguém quer ser multado, não é?

Após a compra de um carro, seja ele novo ou em segunda mão, tem um prazo de 60 dias para formalizar o registo. Se o veículo for novo, terá que preencher o Requerimento para o Registo do Automóvel e proceder ao pagamento do respetivo valor. Depois receberá em casa o Documento Único do Automóvel (DUA).
No caso de adquirir uma viatura em segunda mão, o processo de alteração de nome do proprietário também é bastante simples: basta dirigir-se, juntamente com o proprietário do automóvel que vai adquirir, ao Conservatório de Registo Comercial e entregar a seguinte documentação:
  • Título de registo de propriedade, Documento Único do Automóvel (DUA) ou livrete;
  • Requerimento de registo automóvel, com o campo relatico à venda e reserva de propriedade devidamente preenchido;
  • Documentação dos intervenientes;
  • Identificação do valor da venda;
  • Declaração de venda automóvel, caso haja.



Depois terá que pagar o respetivo emolumento – 75€ o registo de propriedade de automóveis e 95€ o certificado de matrícula, se este for pedido no âmbito do mesmo procedimento especial de regularização de propriedade.

Com estes conselhos da PRIO, fazer o registo automóvel não é um bicho de sete cabeças como pensava.

4. Seguro
Os seguros nas viaturas são indispensáveis para a sua proteção e a de terceiros – e também porque são obrigatórios por lei.

Atualmente, no mercado, existe um grande número de companhias de seguros com várias tipologias, que vão desde o seguro mais básico, até ao mais completo.
Se o automóvel que adquirir em segunda mão tiver seguro, basta que peça que este seja cancelado e depois terá que fazer um novo para ter o selo, que estará na sua nova viatura.

Existem variados fatores que influenciam o preço a pagar por um seguro automóvel: a idade, a data da carta de condução, o número de sinistros com responsabilidade nos últimos anos, o tipo de veículo, entre outros.

Para escolher a melhor opção, a PRIO aconselha a que se informe junto de várias seguradoras para obter o valor mais favorável. No entanto, tem que ponderar bem as suas necessidades de forma a evitar coberturas desnecessárias:
  • Se está à procura de um seguro de responsabilidade civil, foque-se sobretudo no valor. Isto porque cada seguradora oferece este produto padronizado para atender aos requisitos regulamentares, incluindo algumas regalias como a assistência em viagem, pessoas transportada e quebra isolada de vidros – nos packs mais económicos;
  • Em algumas situações, caso possua mais do que um veículo em seu nome, pode abrange-los todos na mesma seguradora para ter uma redução do valor;
  • Pesquise sobre cada seguradora para refutar a credibilidade e a fiabilidade do seguro automóvel;
  • Caso tenha possibilidade, pague o valor total do seguro, uma vez que os fracionamentos podem apresentar encargos e juros, que só irão aumentar o valor do seguro.

Como sabe, a lei portuguesa exige que tenhamos um seguro que contém as coberturas mínimas – seguro obrigatório de responsabilidade civil ou seguro contra terceiros. Este cobre as indemnizações por danos materiais ou corporais causados a terceiros, bem como às pessoas transportadas, não contando com o condutor.

O outro é o seguro de danos próprios – seguro contra todos os riscos. No entanto, este só cobre os riscos que estão contemplados na apólice. É muito mais completo do que o anterior e cobre danos na viatura própria, despesas de tratamento do condutor, entre outras – que serão um acréscimo.

No site da Deco Proteste, pode encontrar um simulador online de seguros automóvel que irá comparar os valores que as seguradoras apresentam para cada situação.

5. Impostos
O Imposto Único de Circulação (IUC) é um imposto anual que incide sobre a propriedade de um veículo automóvel e que é pago todos os anos, até a matrícula ser cancelada. Este imposto é atualizado todos os anos, em janeiro, e é pago pelo proprietário no mês da matrícula portuguesa. Isto porque, caso o carro seja importado, é necessário que tenha um registo português e o mês a ter em atenção será sempre o da matrícula portuguesa, e não o mês de fabrico do automóvel em questão.

Para calcular o valor do imposto, terá que ter em conta se o veículo está matriculado até 30 de junho de 2007 (com base no combustível, cilindrada e ano da matrícula, por escalão) ou se a matrícula é posterior a 1 de julho de 2007 (com base no combustível, ano da matrícula, cilindrada e emissões de Co2, por escalão).

Os valores do IUC variam consoante estas especificidades e podem ser consultados nas tabelas presentes no site “Impostos sobre veículos”.

6. Inspeção
A inspeção periódica obrigatória (IPO) tem como objetivo confirmar que o veículo tem uma manutenção adequada e que mantém boas condições de funcionamento e segurança.
Para que possamos circular de forma segura, todos os automóveis ligeiros e pesados são sujeitos a inspeções periódicas:
  • Automóveis ligeiros de passageiros: quatro anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, de dois em dois anos – até perfazerem oito anos. No oitavo ano e seguintes, deverá ser feita uma inspeção anual;
  • Automóveis ligeiros de mercadorias: dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, anual.

A inspeção periódica obrigatória deve ser realizada até ao dia e mês correspondentes à matrícula inicial da viatura. No entanto, aconselha-se que vá à inspeção nos três meses que antecedem o mês da matrícula. Quando se apresentar no Centro de Inspeções, terá que levar consigo o certificado de matrícula e o título de registo de propriedade, bem como a ficha da última inspeção realizada – exceto na primeira inspeção.

A inspeção é realizada por um inspetor licenciado para o efeito, com a colaboração do condutor do veículo, e tem uma duração aproximada de 30 minutos.

Para reduzir a hipótese de ser reprovado, siga estes passos:
  • Verificação das condições de conservação da carroçaria e dos interiores, de eventuais perdas de fluidos e da existência de triângulo de pré-sinalização homologado e em funcionamento, e do colete refletor;
  • Verificação da eficiência dos limpa para-brisas e ausência de vidros partidos;
  • Verificação das luzes de nevoeiro, travagem e marcha-atrás;
  • Verificação dos pneus e o seu relevo;
  • Verificação do correto funcionamento do cinto de segurança;
  • Verificação da mobilidade dos espelhos retrovisores.

Com estas dicas da PRIO, é quase impossível “levar cartão vermelho” na inspeção mas, caso aconteça o pior, só terá que corrigir as anomalias apontadas pelo Inspetor e realizar uma nova inspeção.
Saiba que nos postos PRIO pode sempre verificar a pressão dos pneus.

7. Manutenção
Na primeira aquisição de um veículo, é normal que não saiba quais os serviços de manutenção a realizar. Para conhecer melhor o seu carro, consulte o livro da viatura, nomeadamente as especificações do fabricante e, a partir daí, a tarefa vai ser muito mais simples – palavra de PRIO.

Uma das coisas fulcrais é mudar o filtro de ar do motor. Para tal, guie-se pela quilometragem indicada no livro ou tente perceber se está sujo para saber que é o momento de o mudar.

Também a substituição do óleo é das mais importantes, por isso esteja atento ao número de quilómetros recomendado para a alteração do óleo.

A pressão dos pneus deve ser vista regularmente, sobretudo antes de viagens na auto-estrada. No livro do carro encontra a pressão indicada. Aproveite que vai a um posto PRIO abastecer, e veja se a pressão dos pneus está em conformidade. É muito comum, após uma certa rodagem, que os pneus tenham que ser trocados seja porque rebentam ou porque a profundidade dos relevos fica abaixo dos níveis mínimos legais.
Deixamos-lhe uma lista de verificações a ter em conta:

O que deverá verificar semanalmente:
  • Líquido de refrigeração
  • Líquido limpa vidros
  • Pressão de ar dos pneus
  • Nível do óleo do motor
  • Buzina



Lista de verificações mensais:
  • Iluminação exterior e interior
  • Fluido da direção e da caixa velocidades (quando o acesso é simples)
  • Estado dos pneus (confirme a inexistência de desgastes anormais ou deformações, etc…)
  • Equipamentos de segurança: triângulo, colete, macaco, pneu suplente (verificar estado e a pressão de ar)
  • Escova limpa vidros



Anualmente verifique:
  • Estado da bateria (poderá detetar precocemente problemas no alternador)
  • Fusíveis e ligações elétricas (certifique-se que possui sempre um fusível suplente de cada amperagem)

Com um dia a dia cada vez mais atarefado, todos temos problemas de gestão de tempo. Enquadre a inspeção num dia fixo, por exemplo, faça sempre a verificação semanal à segunda-feira, a mensal quando recebe o vencimento e a anual na data de matrícula do carro. Desta forma aproveita para fazer a revisão, caso esteja na altura de ir à inspeção.

Fazendo uma manutenção adequada, para além da segurança, pode reduzir o envelhecimento e a deterioração dos equipamentos, melhorar o estado técnico operacional, reduzir os riscos de avaria e programar as intervenções necessárias, para que se possa precaver para o custo estimado.